Thursday 17 May 2007

Timor-Leste: Corrupção de "pequena escala" - organização LABEH






- O nível de corrupção em Timor-Leste existe apenas em "pequena escala", não sendo igual ao de outros países do Sudeste Asiático, assinala um relatório apresentado hoje pela organização não- governamental timorense LABEH.

"Existe corrupção em pequena escala, talvez porque não há muito dinheiro" no país, afirmou à Lusa Cristopher Henry Samson, director da organização LABEH (Lalenok ba Ema Hotu, "Um Espelho para o Povo").

O relatório hoje apresentado pela LABEH, perante o primeiro-ministro cessante José Ramos-Horta, cobre os primeiros cinco anos de independência do país e apresenta uma lista de casos (cerca de 40) que a organização pediu à Procuradoria-Geral da República e à Provedoria de Direitos Humanos e de Justiça para investigar.

"Temos algumas indicações de corrupção em alguns ministérios e preocupa-nos que não foi feito tudo o que se podia, sobretudo a nível judicial", declarou o director da LABEH.

"Os responsáveis deviam pelo menos ser questionados para que o público saiba o que se passa", acrescentou Christopher Henry Samson.

A falta de acção das instâncias judiciais é uma preocupação central do relatório de corrupção da LABEH, e várias das recomendações são dirigidas à PGR e ao Provedor de Justiça, bem como ao Inspector-Geral do Estado timorense.

"Por vezes alguém diz, desculpando a corrupção, que 'é a nossa cultura'. Não, não é, e precisamos de a combater", afirmou o responsável da LABEH.

Os casos detectados pela organização "referem-se sobretudo a colusão e nepotismo, do género de alguém atribuir um contrato a uma pessoa da sua confiança, sem seguir as regras legais. Não é tanto uma corrupção financeira. Não detectámos grandes desvios de dinheiro, ou grandes desfalques", explicou Christopher Henry Samson.

"Este relatório é o mais justo. Não é agressivo", concluiu o director da LABEH.

2 comments:

Anonymous said...

Corrupção em pequena escala? Já perguntaram o que é que o ministro da Justiçå está a fazer?

Está tudo cego em Timor_-Leste! o Xanana se quer ser primeiro ministro tem que ser mais cuateloso...

Kuda Talin ( rebo rebo)

Anonymous said...

Claro que não pode haver corrupção em "grande escala"!
Eu nunca duvidei das boas palavras (quando as ouvi...) da "clã": Ramos Horta; Maria Alkatiri, dos acólitos e dos meninos do coro. Depois, sim! Depois... comecei a ficar decepcionado porque afinal aquelas palavras cheias de patriotismo e lindas nunca chegaram à acção!
Gostei tanto,tanto do Luis Represas a cantar "Timor" que me emocionou!
Igualmente ao ver as lágrimas a correr pela face do nosso ex-PR Sampaio.
Até pensei que as lágrimas do Sampaio era a configuração geográfica do crocodilo "Timor" a verter as lágrimas no mar e milagrosas a converterem-se em petróleo!
Agora pergunto eu: como é que pode haver corrupção generalizada em todas as repartições se o "papel" ainda não abunda!
Não dá para todos, por ora, paciência.
Mas vai dar quando o Nabeiro (o do café) for explorar as plantações, produzir empregos.
O padre Milícias mandar montar muitas fábricas de mobílias, escolas de artes e ofícios e distribuir aqueles sorrisos lindos a mostrar a sua dentadura, impecável, escovada com "Pepsodente".
A senhora embaixadora de "boa vontade", Estela Ferreira (Austrália) acreditada pela "maozinha" sempre generosa do Nobel da Paz Ramos Horta, mande muitos contentores de roupa (usada também dá), para vestir os mal vestidos e que não seja depois vendida pelos "ambulantes" de rua.
Bem o petróleo ainda não dá para todos!
Vai dar.
Paciência por agora.
Esquecia-me: o Embaixador Nelson (o sedutor number one de gajas e bom vivante), acreditado nas NU, vai conseguir que os capacetes azuis protejam Timor-Leste por mais 15 anos!
Como não há trabalho, arroz e pão, quando o "poviléu" se levanta porque tem fome...
Será necessário que os capacetes azuis, os GNR e outra tropa que marcha pelo território carregar sobre os famintos e estes que vão procurar comida ao "tanas".
José Martins