Sunday 13 May 2007

Ajuda alimentar continua até às legislativas, diz Ramos-Horta






A distribuição de alimentos aos deslocados da crise de 2006 vai continuar até às eleições legislativas de 30 de Junho, anunciou hoje o primeiro-ministro José Ramos-Horta.


A partir de Julho, a assistência alimentar aos deslocados passará a operar "com base no programa de alimentação por trabalho", adiantou o chefe do Governo, à semelhança do programa já existente de dinheiro por trabalho.

"O timorense não gosta de esmolas, é muito orgulhoso e perante a possibilidade de obter alguma ajuda humanitária em troca do seu trabalho, ele prefere isso em vez de receber uma esmola", afirmou o primeiro-ministro.

O número de deslocados "é significativamente menor do que tem sido falado. Não chega a 20 ou 30 mil em Díli".

"No interior, há muito poucos deslocados" "A maioria dos deslocados do interior não eram residentes de Díli, vieram para a cidade em 1999 ou depois.

Quando há algum problema em Díli, regressam para as suas casas de origem onde têm as suas famílias e raízes", explicou.

"A maioria dos deslocados do interior estão em casa de familiares, pondo alguns encargos adicionais de espaço e de comida", acrescentou José Ramos-Horta.

José Ramos-Horta salientou o "espírito empreendedor dos deslocados", que instalaram comércio em muitas zonas "onde não existia nada antes".

Os campos de deslocados funcionam muitas vezes de "campo de trânsito" para pessoas que conseguiram actividades noutros locais e por isso o primeiro-ministro acredita que após as legislativas de 30 de Junho "é possível resolver rapidamente esta questão".

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