Tuesday 15 May 2007

Timor-Leste:Mais de 11.000 condencorações para heróis da independência


O Presidente timorense, Xanana Gusmão, iniciou hoje a atribuição de mais de onze mil condecorações aos heróis tombados na luta de libertação, numa cerimónia de homenagem que decorre até dia 19 de Maio, em Díli.

A cerimónia de homenagem póstuma aos mártires da libertação nacional, que hoje teve início no Estádio de Díli, prolonga-se por quatro dias.

Dia 19, as cerimónias de reconhecimento aos combatentes da libertação nacional, que actuaram na Frente Armada, terão lugar no jardim do Museu da Resistência.

Além do Presidente da República, compareceram à entrega das medalhas muitos veteranos da luta e figuras conhecidas da política timorense, como o chefe do Estado-Maior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, Taur Matan Ruak , o primeiro-ministro, José Ramos-Horta e Cornélio Gama, ou "L7", líder do partido UNDERTIM.

A escala das cerimónias exigiu que a Comissão de Homenagem, Supervisão do Registo e Recursos (CHSRR, na dependência do gabinete do primeiro-ministro) organizasse a atribuição de condecorações segundo o distrito de naturalidade dos heróis tombados, ao longo de vários dias.

A cerimónia de hoje prossegue o reconhecimento iniciado pelo Estado timorense nos dias 28 de Novembro e 07 de Dezembro de 2006. No final da terceira edição de homenagem, ficam agraciados cerca de doze mil combatentes, em cinco das seis ordens criadas pela lei.

Durante estes cinco dias, serão atribuídas as ordens honoríficas de Funu Nain, para os timorenses tombados no período das Bases de Apoio; Falintil, para o período da guerrilha; Lorico Aswain, para as vítimas do Massacre de Santa Cruz, de 12 de Novembro de 1991; e Guerrilha, para os cidadãos que actuaram mais de oito anos "no mato ou na montanha, como militares ou quadros políticos da Frente Armada", explicou à Lusa o presidente da CHSRR, Virgílio Simith.

Hoje, foram homenageados 2227 heróis da luta timorense, dos distritos de Ainaro, Manufahi e Cova Lima.

A deslocação das viúvas, filhos, familiares e outros representantes dos homenageados exigiu uma operação logística de grande envergadura, com a utilização de mais de 350 camiões para transportar as pessoas dos vários distritos.

O reconhecimento da resistência timorense e do contributo dos que lutaram pela independência está inscrito na Constituição da República.

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