Monday 21 May 2007

Cooperação portuguesa «sem excessiva emocionalidade»

A cooperação portuguesa com Timor-Leste irá sofrer "alguns ajustamentos" mas "as orientações estão definidas" e as relações entre os dois países devem prosseguir "sem excessiva emocionalidade", defendeu hoje o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado.


"A questão da identidade em torno dos valores de cultura e de língua são uma marca permanente de referência na relação com Portugal e esse processo vai continuar, sem paixão, sem excessiva emocionalidade que por vezes tem marcado a acção de alguns dos actores no terreno", declarou Luís Amado no final de uma audiência de uma hora com o novo Presidente da República timorense, José Ramos-Horta.

O ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu a necessidade de "fazer alguns ajustamentos, tentando racionalizar melhor o esforço" feito em conjunto, "respondendo sempre ao que for a orientação das autoridades de Timor-Leste".

A definição "dos sectores a privilegiar no futuro" terá por referência "a avaliação que for feita" pelos responsáveis timorenses, sublinhou Luís Amado.

"Não vejo nenhum problema sobre a situação da língua portuguesa", respondeu Luís Amado, quando questionado sobre o debate em torno da língua oficial que ressurgiu durante a recente campanha presidencial.

"As orientações estão definidas, o trabalho vai continuar.  preciso ter a noção das dificuldades", explicou o ministro português.

"Timor-Leste sai de décadas de desorientação estratégica. Está a dar os primeiros passos na afirmação de Estado soberano", sublinhou Luís Amado.

"Há na relação com Portugal um elemento de espiritualidade, de partilha da língua, da História, da cultura de valores comuns que está sempre presente. Não temos que o dramatizar excessivamente", concluiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Luís Amado foi também recebido, pouco antes, pelo ex-Presidente Xanana Gusmão, que hoje de manhã entregou simbolicamente as chaves do Palácio das Cinzas ao novo chefe de Estado.

1 comment:

Anonymous said...

Mas "cagande" xatice para o Zé não ter na "consagração" o Zé Sócrates, o PR Cavaco Silva, o Durão Barroso, o "Tonecas" Guterres, o Jaime Gama, o SG das ONU, o Dalai Lama, todos os seus homólogos da ASEAN...
Porque seria?
Será que o Zé está em queda livre e já ninguém se acredita nele?
É ixo mesmo..
O Zé até teve a "mala" sorte... Não viram?
Vi eu que depois de ter recebido a medalha de "nobilíssimo" da paz deixou-a cair no chão e apanhou-a... Era a medalha que não queria mesmo ir para mãos erradas (as do Zé)....
Zé Granjola