Monday 6 August 2007

Missão da ONU dá boas-vindas a novo governo do Timor


Lisboa, 06 Ago (Lusa) - A Missão da ONU no Timor Leste (UNMIT) deu nesta segunda-feira as boas-vindas ao novo governo timorense, que foi anunciado pelo presidente José Ramos Horta em rede nacional de rádio e televisão.

Em comunicado à imprensa, o representante especial do secretário-geral da ONU no Timor, Atul Khare, elogiou o presidente timorense e felicitou Xanana Gusmão pela nomeação como novo primeiro-ministro.

Em relação à recusa da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin) de colaborar com o futuro executivo, Khare afirmou que o partido "está propondo, somente, o uso de meios legais para se opor a esta decisão". A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de junho, mas elegeu somente 21 dos 65 deputados do Parlamento.

"A UNMIT espera trabalhar com as autoridades do Timor Leste e o seu povo em assuntos urgentes que o país atravessa, tais como, a reforma do setor de segurança, reforço do setor de justiça, a promoção de governança democrática e o desenvolvimento sócio-econômico", diz o comunicado.

O ex-presidente Xanana Gusmão, que será chefe do 4º Governo Constitucional, lidera o partido oposicionista Congresso Nacional da Reconstrução de Timor Leste (CNRT).

A posse ocorrerá na quarta-feira. O CNRT tem 37 dos 65 assentos do Parlamento e integra a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), formada por legendas derrotadas nas eleições legislativas.

Repercussão

"Xanana Gusmão tem as melhores relações com as autoridades indonésias. Vamos continuar criando todas as condições para que esse ambiente positivo se fortaleça", disse à Agência Lusa o embaixador da Indonésia em Lisboa, Francisco Lopes da Cruz.

Segundo o diplomata indonésio, a escolha de José Ramos Horta "significa que, na perspectiva deste, esta é a melhor solução para Timor Leste".

O ministro australiano das Relações Exteriores, Alexander Downer, também felicitou Xanana Gusmão pelo convite feito pelo presidente timorense para formar governo no país, afirmou à Lusa fonte do gabinete australiano.

No comments: