Monday, 6 August 2007
Após incidentes, capital do Timor Leste tem noite tranqüila
Díli, 06 Ago (Lusa) - A situação em Díli era de normalidade no fim da noite desta segunda-feira (12h em Brasília), "com alguns incidentes esporádicos", num dia de distúrbios em que o incêndio da Alfândega foi a única situação grave, disse à Agência Lusa fonte oficial das forças internacionais.
"Nenhum dos incidentes foi mais grave do que os que têm havido diariamente nas últimas duas semanas", afirmou um dos oficiais envolvidos na segurança da capital timorense.
"Hoje, a resposta policial foi relativamente fácil porque havia uma frustração espontânea das pessoas e muitos dos incidentes não eram organizados", disse o oficial. "Será talvez diferente amanhã ou quarta-feira, quando tivermos em Díli manifestações de outro tipo, mais concentradas mas com muito mais gente", analisou.
Pouco depois do anúncio do nome do ex-presidente Xanana Gusmão como novo primeiro-ministro do Timor Leste, timorenses contrários à indicação atearam fogo ao edifício da Alfândega, em Díli e, em outros pontos da capital, jovens atiraram pedras sobre carros. Não há relatos sobre feridos
Incêndio
O incêndio na sede da Alfândega, no centro de Díli, foi o único incidente que saiu fora do controle das forças policiais. O prédio fica junto ao Hotel Timor e ao campo de deslocados do Porto de Díli.
Os escritórios da Alfândega foram destruídos pelo fogo em menos de uma hora, depois das 18h locais (6h em Brasília).
"Os bombeiros correram ao local, mas foram apedrejados por pessoas junto ao campo de deslocados que fica em frente e tiveram que se retirar", afirmou à Lusa um responsável da Alfândega.
Uma seqüência de incidentes violentos assinalou, por toda a cidade, o descontentamento dos simpatizantes da Fretilin (maior partido timorense) com o convite de José Ramos Horta a Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT) e candidato indicado pela Aliança para Maioria Parlamentar (AMP).
A Fretilin venceu as eleições legislativas, com 29% dos votos e 21 deputados. A legenda, porém, não construiu maioria. Já o CNRT de Xanana Gusmão teve 23% dos votos, mas a coligação da qual faz parte o partido do ex-presidente controla 37 dos 65 assentos do Parlamento.
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