Tuesday 24 July 2007

Xanana Gusmão abandona reunião com o Presidente Ramos-Horta


Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), abandonou hoje a reunião da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) com José Ramos-Horta, disseram fontes dos partidos envolvidos.


"A reunião correu muito mal", adiantou o presidente de um dos quatro partidos que integra a AMP e que participou no encontro com o chefe de Estado timorense.

Nenhum dos participantes contactados pela Lusa quis comentar o que se passou na reunião, "porque já antes de começar se fez um acordo de ninguém dizer uma palavra sobre o que lá foi dito", explicou um dirigente da AMP.

O Presidente da República reuniu hoje, em separado, com a Fretilin, ao princípio da tarde, e com a AMP, ao final do dia, na tentativa de encontrar uma saída para o impasse pós-eleitoral quanto à formação do novo governo.

Na primeira reunião da tarde, "a Fretilin repetiu que está pronta para ser convidada a formar governo", afirmou à Lusa o vice-presidente do partido e membro do actual Governo, Arsénio Bano.

"Aceitamos, no entanto, que o Presidente da República fale outra vez com os outros partidos, sobretudo com o CNRT", acrescentou Arsénio Bano.

O ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária declarou que a reunião da Fretilin com José Ramos-Horta "correu bem".

Três cimeiras de líderes partidários, realizadas por iniciativa de José Ramos-Horta nos últimos dez dias, não produziram uma solução para a formação do IV Governo Constitucional.

Segunda-feira, perante a falta de acordo dos partidos para a formação de um governo de "grande inclusão", José Ramos-Hortas lançou a proposta de a Fretilin e a AMP governarem cada uma em metade da legislatura.

A AMP reúne os quatro maiores partidos da oposição: o CNRT, a coligação do Partido Social-Democrata e da Associação Social Democrática Timorense (PSD/ASDT) e o Partido Democrático (PD), além de contar com o apoio político do Partido de Unidade Nacional (PUN).

A Fretilin venceu as legislativas de 30 de Junho sem maioria absoluta, com 29,02 por cento dos votos.

O novo parlamento reúne-se pela primeira vez a 30 de Julho.

1 comment:

Anonymous said...

Estava muito mal habituado ao quero posso e mando, pensava que era o maior~, afinal o rei vai nu, nem com os seus mais próximos aliados se consegue entender.

É altura de se dedicar às abóboras e deixar a política para quem a sabe fazer.

É mesmo uma nódoa este Xanana.