Thursday, 19 July 2007
Timor-Leste: PR Ramos-Horta promove reunião com líderes partidários
Dare, Timor-Leste, 19 Jul (Lusa) - O Presidente e o primeiro-ministro de Timor-Leste encontram-se reunidos com os principais líderes partidários numa localidade próxima de Díli para discutir o actual impasse quanto à formação de um novo governo.
A reunião, que decorre à porta fechada, foi convocada pelo chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, e conta com as presenças do primeiro-ministro, Estanislau da Silva, e dos líderes de todos os partidos que elegeram deputados nas legislativas de 30 de Junho último, nomeadamente Francisco Guterres "Lu Olo" e Mari Alkatiri (Fretilin) e Xanana Gusmão (CNRT).
O encontro começou cerca das 10:00 locais (02:00 em Lisboa), numa pequena localidade, onde se situa um centro religioso, próximo de Dare, nas montanhas a sudoeste de Díli, e deverá prolongar-se até ao final do dia.
À chegada, nenhum dos participantes pestou declarações aos jornalistas.
A nova crise política em Timor-Leste surgiu na sequência das legislativas, em que a Fretilin, partido histórico e que governou o país nos primeiros cinco anos de independência, derrotou o Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste, do ex-presidente Xanana Gusmão.
Na votação, a Fretilin obteve 29 por cento dos votos, mais 5 por cento do que o CNRT, partido criado em Abril último e que assinou com três outras forças políticas um acordo parlamentar e de governação que deu a esta aliança a maioria no parlamento.
No entanto, o partido de "Lu Olo" e de Alkatiri reagiu e reivindicou a tarefa de formar governo, tendo em conta a vitória nas legislativas, embora no parlamento, de 65 lugares, não detenha a maioria, uma vez que, além dos 21 deputados que elegeu, conta apenas com o apoio da Aliança Democrática (AD), que conquistou dois parlamentares.
Por seu lado, o CNRT elegeu 18 e conta com o apoio da coligação ASDT/PSD, 11 deputados, e do Partido Democrático (PD), oito, somando 37 deputados, uma maioria absoluta no parlamento.
O CNRT conta ainda com o apoio "informal" do Partido da Unidade Nacional (PUN), que elegeu três deputados, estando ainda por saber qual o posicionamento da UNDERTIM, que obteve dois assentos.
PRM/JSD.
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