O Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, está disponível para um entendimento com a Fretilin, refere uma carta enviada ao líder do partido vencedor das eleições.
"Como Aliança, estamos disponíveis a considerar iniciativas de entendimento, desde que promovidas por Sua Excelência o Presidente da República, para garantir a unidade e estabilidade nacionais", escreveu o presidente do CNRT, Xanana Gusmão, na carta enviada a Francisco Guterres "Lu Olo", líder da Fretilin.
"Esta carta é uma abertura, ainda não é um compromisso", explicou um dirigente do CNRT.
A carta com data de 09 de Julho, endereçada a "Lu Olo" como presidente da Fretilin, com cópia ao Presidente José Ramos Horta, é a resposta ao convite para um governo de "grande inclusão" feito a 06 de Julho pelo partido vencedor das eleições aos outros partidos com assento parlamentar.
A Fretilin venceu as legislativas de 30 de Junho com 29,02 por cento dos votos.
"Concordámos que de facto 'o Povo de Timor-Leste decidiu atribuir a maioria simples à Fretilin' e, por isso, a distribuição de votos veio permitir a 'Aliança com maioria parlamentar' recentemente constituída pelos quatro principais partidos, incluindo o partido CNRT", recorda a carta de Xanana Gusmão.
O ex-chefe de Estado acrescenta que os quatro maiores partidos da oposição têm "a maioria absoluta de assentos no Parlamento Nacional, com um total de mais de 200 mil votos".
A aliança de oposição inclui o CNRT, a coligação Associação Social Democrática Timorense/Partido Social Democrata (ASDT/PSD) e o Partido Democrático (PD), além do apoio não formalizado do Partido de Unidade Nacional (PUN).
"Sem dúvida, o povo exige uma rápida e justa solução para a crise que foi criada pelos anteriores governos", nota a missiva do CNRT.
"Nesse sentido, também concordamos que todos devemos respeitar o seu sentido de voto", acrescenta.
O presidente do CNRT refere que os anseios do povo timorense "pela paz, estabilidade, justiça e desenvolvimento" reflectiram-se no resultado das últimas eleições.
"Por isso, não podemos nem devemos frustrar as expectativas do eleitorado", conclui Xanana Gusmão na sua carta ao presidente da Fretilin.
Os presidentes dos quatro partidos aliados reúnem-se ao fim da tarde em Díli (início da manhã em Lisboa) para concluir "e talvez assinar" um memorando de entendimento, afirmou fonte do CNRT.
"A resposta ao convite da Fretilin está a ser dada por cada um dos partidos, mas a aliança pretende criar um conselho de presidência para agir como uma única voz", explicou o mesmo dirigente, que não quis ser identificado "por razões de segurança".
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4 comments:
Vejamos como se constrói uma mentira:
1 – Segundo esta notícias, na carta de 9/07 que enviou ao Lu Olo, escreve o Xanana: “"Como Aliança, estamos disponíveis a considerar iniciativas de entendimento”; e “a Aliança com maioria parlamentar recentemente constituída pelos quatro principais partidos”
2 – Na mesma notícia “fonte do CNRT” informa que os “presidentes dos quatro partidos aliados reúnem-se ao fim da tarde em Díli para concluir "e talvez assinar" um memorando de entendimento”.
3 – E o que chamam de “Memorando de Entendimento para a Formação da Aliança com Maioria Parlamentar (AMP)”, foi - quando muito! - assinado em 10/07/07.
Isto é para além de ser um abuso o bando dos quatro – Xanana, Amaral, Carrascalão e Lasama - se terem entendido à revelia das direcções dos seus partidos na formação da tal AMP, quando Xanana escreveu a Lu Olo não só a tal AMP não estava criada, como nem sequer estava assinado o tal memorando para a sua criação.
Isto é, mais uma vez se vê como Xanana mente, não assume responsabilidades, e arranja sempre bodes expiatórios para cima de quem empurra as decisões que não assume tomar.
è mesmo isso, o Xanana nunca aceita as consequências do que faz e desculpa-se sempre com os outros.
O Xanana é um mentiroso compulsivo.
E esse bando dos quatro é um bando de frustados e perdedores.
Chama-lhes nomes antes que te chamem a ti. Espera pela pancada (quero dizer catanada).
Kamarada agoniado
Mas vamos ver as coisas por outro ângulo. Todos os líderes partidários se apresentaram nas eleições à frente dos seus partidos. Certo?
De todos os líderes, um ganhou – o da Fretilin – todos os outros perderam. Certo?
E os Timorenses aceitavam que o PR convidasse para formar governo um dos líderes que foi derrotado pelo da Fretilin?
Em que país é que já se viu semelhante disparate, o PR convidar para formar governo um dos líderes derrotados em detrimento do vencedor?
Não equivaleria isso a um assalto de mão armada ao poder?
Acham mesmo que tal decisão tem ponta por onde se lhe pegue?
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