Saturday 14 July 2007

Novo Parlamento a 30 Julho, ainda não há novo governo


O novo Parlamento de Timor-Leste reúne pela primeira vez a 30 de Julho, anunciou hoje o Presidente da República, no final de uma "cimeira" de líderes partidários que não chegaram ainda a acordo para formação de governo.


"O resultado significativo desta reunião é que concordámos que o presidente do nosso Parlamento (Francisco Guterres 'Lu Olo'), com base nas suas prerrogativas, convocará a primeira reunião para 30 de Julho", declarou José Ramos-Horta.

"Daqui até lá, os partidos políticos continuarão a falar. Um passo positivo dado hoje foi que a Fretilin e a Aliança para Maioria Parlamentar encontraram-se sob a minha iniciativa pela primeira vez", salientou o chefe de Estado.

José Ramos-Horta sublinhou que a reunião, que começou de manhã e só terminou …s 15:30 (07:30 em Lisboa), não fracassou, uma vez que a formação do novo governo não era o ponto principal da agenda.

"Não tem que ser hoje", declarou o Presidente da República.

"Em qual país do mundo, sobretudo pós-conflito, é que o governo é formado dois ou três dias após a confirmação do resultado pelo Tribunal de Recurso?", interrogou José Ramos-Horta.

"A Constituição dá uma latitude de dois meses para formação de governo. Por que é que eu tenho hoje mesmo de sair com um governo? Nunca disse isso. Vamos continuar com o diálogo", acrescentou o chefe de Estado.

"Ficou assente desde o início que provavelmente vamos continuar a reunião para a semana. A prioridade foi o que tem que ser a prioridade: não haverá governo enquanto o novo Parlamento não entrar em funções", concluiu o Presidente da República.

José Ramos-Horta adiantou que a reunião decorreu "num ambiente muito caloroso", sem o eco das críticas e acusações que os líderes dos principais partidos "têm dirigido entre si através da imprensa".

A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de Junho sem maioria absoluta, com 29,02 por cento dos votos.

Os quatro principais partidos da oposição formaram esta semana a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), propondo formar um governo em alternativa à Fretilin.

2 comments:

Anonymous said...

Se o Horta não quer atrasos limite-se a fazer o que lhe compete que é pedir ao partido mais votado e que toda a gente sabe que é a Fretilin que indique a individualidade para ser primeiro-ministro.

E depois que nomeie e dê posse a esse primeiro-ministro e que se remeta ao silêncio e deixe o primeiro-ministro com calma organizar o seu governo e que depois o Horta lhe dê posse.

Quanto menos o Horta - depois de cumprir com o que tem de cumprir - fizer, melhor será.

É que o governo é um órgão de soberania e por isso é da máxima importância que a sua formação seja da competência do primeiro-ministro que vai ser quem dá a cara por ele.

Anonymous said...

O senhor Ramos Horta não deve misturar os seus sentimentos de amizade com as questões de Democracia quando se lida com o interesse do povo. Sabemos que Ramos Horta e Xanana fizeram e conseguiram muita coisa juntos para Timor. O povo timorense reconhece essas suas lutas. Contribuiram muito para a expulsão dos exploradores. Agora que timor ficou independente ninguém quer respeitar a democracia. Andam a lutar continuamente pelo poder, criando continuamente a angustia e a dor no povo timorense. Parace que vai haver um novo colonialismo em Timor chamado colonialismo de Poder.

O presidente Ramos Horta deve convidar obrigatoriamente a fretilin para formar o novo governo. O senhor presidente não deve andar a fingir falar com todos os partidos e ouvir as vozes de várias entidades se no seu pensamento já está escrito assim; “ eu vou convidar Xanana porque ele é o meu amigo. Caso contrário ele pode jangar comigo ou me dar um pontápe”.

Nos tempos da guerra todos os lideres, inclusive Ramos e Xanana, eram os primeiros a falar de respeito, estabilidade e democracia. Agora que não há mais guerras, querem induzir a instabilidade e atitudes antidemocráticas em Timor. Parace-me que têm saudades da guerra. O povo timorense já sofreu bastante e se os lideres querem fazer guerras que vão fazer nas estrelas. Lá podem fazer um filme de guerras até se fartarem depois voltam submeter-se a votos.

valek