Saturday, 14 July 2007
Timor-Leste: Pequenos partidos formam plataforma eleitoral
Os sete partidos sem assento no próximo Parlamento de Timor-Leste formaram uma plataforma política e encaram formar uma coligação em caso de eleições antecipadas, afirmou à Lusa um dos dirigentes envolvidos.
«Reunimos duas vezes entre os partidos sem assento parlamentar e constituímos uma plataforma de representação e participação», declarou hoje à Lusa o secretário-geral do Partido Socialista de Timor, Avelino Coelho.
«Em caso de eleições antecipadas, encaramos a possibilidade de concorrer em coligação«.
O nome da plataforma ainda não está decidido mas um dos nomes em discussão é Perspectiva Democrática.
Dos 16 partidos (quatro deles em duas coligações) que concorreram às eleições legislativas de 30 de Junho, apenas sete conseguiram ultrapassar a quota mínima de elegibilidade de deputados, que é de 3 por cento.
Os outros partidos, que em conjunto representam cerca de 36 mil votos, pretendem com a nova plataforma »apresentar propostas e contrapropostas, com ideias alternativas« às que saem do espectro parlamentar.
«Mesmo que, legalmente, os votos dos pequenos partidos sejam transferidos em favor dos outros na distribuição dos assentos, politicamente continuam a ser votos que não estão representados no Parlamento», explicou Avelino Coelho à Lusa.
«As prioridades de governação, segundo a nova plataforma, são a solução dos problemas do major Alfredo Reinado, dos peticionários e dos deslocados«, adiantou o líder do PST.
Além dos socialistas timorenses, integram a plataforma o Partido Republicano (PR), o Partido Democrática República de Timor (PDRT), o Partido Democrata Cristão (PDC, de António Xímenes, que promoveu a ideia da plataforma), a União Democrática Timorense (UDT), o Partido Milénium Democrático (PMD) e o Partido Nacionalista Timorense (PNT).
As legislativas de 30 de Junho foram ganhas pela Fretilin com 29 por cento dos votos.
O Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), a coligação ASDT/PSD e o Partido Dermocrático (PD) anunciaram sexta-feira a constituição de uma aliança para formação de governo, com o apoio do Partido de Unidade Nacional.
Diário Digital / Lusa
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5 comments:
Ao menos os pequenos aceitaram com dignidade a derrota e estão a preparar-se para as próximas eleições.
Estão a dar uma boa lição aos grandes que perderam - ao CNRT, ASDT/PSD e AD e a mostrar-lhes que os jogos se disputam com regras democráticas e não com simulações e enganos.
Julgo que os pequenos ainda vao dar que falar. Sem conseguirem ultrapassar a fasquia dos tres por cento ja estao a causar calafrios a AMP. Se estes reclamam ir para o governo por terem a maioria com uma alianca pos-eleitoral, tambem os pequenos podem reclamar assentos no parlamento com a sua alianca pos-eleitoral.
Anonymous 05:58
Onde tirou o seu curso de jurista?
Tera sido na Universidade Moderna?
Profexor de direito
Não confundamos as coisas - os dados jogaram-se nas eleições e foram seus protagonistas os partidos e coligações que as disputaram. Foram nesses e só nesses que o povo votou e em qualquer democracia é elementar o respeito pela vontade popular expressa nas eleições.
Eu acho bem que todos os partidos se reforcem e se organizem e acho positivo que quem foi derrotado assuma a derrota, mas não nos equivoquemos e não transformemos os derrotados em vitoriosos.
O único vitorioso nestas eleições foi a Fretilin.
Cuidado que as pequenas aliancas tem por porta voz o Che Guevara.
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