Saturday 14 July 2007

Duas semanas após eleições, Timor Leste segue sem governo




Díli, 13 Jul (Lusa) - Os líderes partidários do Timor Leste ainda não chegaram a consenso sobre a formação do novo governo, após as eleições legislativas de 30 de junho, que deram vitória sem maioria (29%) à Fretilin, que govenava o país até a crise de abril/maio de 2006.

Após reunião liderada pelo presidente José Ramos Horta nesta sexta-feira, a única decisão anunciada foi a de que o Parlamento do Timor Leste se reúne pela primeira vez em 30 de julho.

"O resultado significativo desta reunião é que concordamos que o presidente do nosso Parlamento (Francisco Guterres, o Lu Olo), com base nas suas prerrogativas, convocará a primeira reunião para 30 de julho", declarou Ramos Horta.

"Daqui até lá, os partidos políticos continuarão a falar. Um passo positivo dado hoje foi que a Fretilin e a Aliança para Maioria Parlamentar encontraram-se sob a minha iniciativa pela primeira vez", salientou o chefe de Estado.

Os quatro principais partidos derrotados nas legislativas formaram esta semana a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), propondo formar um governo em alternativa à Fretilin.

Novo governo

Na avaliação de José Ramos Horta, a reunião desta sexta-feira, que começou de manhã e só terminou às 15h30 locais, não fracassou, uma vez que a formação do novo governo não era o ponto principal da agenda.

"Não tem que ser hoje", afirmou o presidente. "Em qual país do mundo, sobretudo pós-conflito, é que o governo é formado dois ou três dias após a confirmação do resultado pelo Tribunal de Recurso?", interrogou José Ramos Horta.

"A Constituição dá uma latitude de dois meses para formação de governo. Por que é que eu tenho hoje mesmo de sair com um governo? Nunca disse isso. Vamos continuar com o diálogo", acrescentou o chefe de Estado.

"Não haverá governo enquanto o novo Parlamento não entrar em funções", concluiu o presidente.

Ramos Horta afirmou que a reunião ocorreu "num ambiente muito caloroso", sem o eco das críticas e acusações que os líderes dos principais partidos "têm dirigido entre si através da imprensa".

3 comments:

Anonymous said...

O Horta tem é que cumprir o seu papel como deve ser e não meter-se no papel dos outros.

É papel dele convidar o partido mais votado a indicar o primeiro-ministro, dar posse a esse primeiro-ministro e ao governo que ele apresentar. Ponto final parágrafo.

O papel do primeiro-ministro é formar governo;

O papel do governo é elaborar o seu programa e apresentá-lo ao parlamento;

E o papel do parlamento é aprovar ou chumbar o programa do governo.

Cada um tem as suas funções e é muito mau se o Horta já está a exorbitar as suas. Meta de vez na cabeça que é apenas ao primeiro-ministro quem compete formar governo e não ao Presidente. Porque no fim de contas será o Primeiro-Ministro que vai ter de responder pelo que o governo fizer de bem ou de mal e nunca o PR.

Cada macaco em seu galho; cada um com as suas funções.

Anonymous said...

Raciocinio correcto, mas e isso que o Horta quer. Ele quer e ser o salvador da Patria, mas slvadores de credito so o DALI. o Daqui so pode ser o coveiro da Patria.

Anonymous said...

Não há salvadores da pátria, há é uma pátria a defender e a pátria de Timor-Leste defende-se com todos os patriotas que ponham a independência e a auto-determinação à frente de interesses estrangeiros.

Ninguém é demais para ajudar a levar o país para a frente. Compete à Fretilin que foi o mais votado ter a liderança desse processo e agregar a si todos os Timorenses de boa vontade.