Wednesday, 11 July 2007
Aliança de partidos quer maioria forte e oposição forte
A recém-formada Aliança com Maioria Parlamentar (AMP) manifestou-se hoje contra a formação de um Governo com a Fretilin, defendendo a existência "de uma maioria forte e de uma oposição forte".
"A Fretilin não foi clara na ideia de inclusão", afirmou Zacarias da Costa, presidente do Conselho Nacional do Partido Social-Democrata (PSD) e porta-voz da AMP, na divulgação do memorando de entendimento entre os quatro partidos da aliança.
"Gostaríamos de ver na nossa jovem democracia uma maioria forte e uma oposição forte no Parlamento. Hoje temos esses ingredientes", acrescentou.
"Não podemos aceitar quando um Governo é minoritário e deseja forçar estarmos todos juntos na mesma caixa", declarou Zacarias da Costa, sublinhando a importância da "alternância de poder".
"A oposição poderá ser forte se (a Fretilin) aceitar ficar", explicou o porta-voz da AMP, que reúne os quatro partidos mais votados da oposição nas legislativas de 30 de Junho.
O memorando de entendimento que formaliza a AMP foi apresentado por Zacarias de Costa pelo PSD, por Duarte Nunes, vice-secretário-geral do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Gil Alves, secretário-geral da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), e Adriano do Nascimento, primeiro-vice-presidente do Partido Democrático (PD).
A Fretilin ganhou as eleições com 29,02 por cento dos votos, seguida do CNRT (24,1 por cento), da coligação ASDT/PSD (15,73 por cento) e PD (11,3 por cento).
"Se escolhêssemos ficar todos no Governo, o povo não saberia fazer a diferença em 2012", afirmou Zacarias da Costa num encontro com a imprensa.
No memorando, a AMP "aceita sem reservas a suprema responsabilidade e o desafio soberano da governação de Timor-Leste".
Adriano do Nascimento explicou que o memorando da AMP "não é a rejeição do convite da Fretilin", endereçado por carta a todos os partidos com assento parlamentar.
"Não rejeitamos a carta da Fretilin, mas encorajamos a democracia e a qualidade da governação", explicou o dirigente do PD.
"Nos cinco anos passados, a Fretilin tinha maioria absoluta mas não deu voz à oposição e não a incluiu no Governo", acusou Zacarias da Costa.
Sobre a natureza da AMP como novo partido, o dirigente do PSD explicou que "os mecanismos dentro da Constituição são claros: se o Parlamento rejeitar por duas vezes o programa, teremos eleições antecipadas. E também o nosso memorando é claro: se houver eleições intercalares, iremos apenas como um bloco, como aliança".
"Eu, no lugar da Fretilin, aceitaria ficar na oposição porque se houver nova crise e mais instabilidade, a responsabilidade não será nossa mas deles", disse.
"Nós estamos numa posição bastante confortável no Parlamento em que podemos garantir estabilidade e podemos garantir a resolução dos problemas deste país", adiantou Zacarias da Costa.
"Nós estamos prontos", concluiu.
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10 comments:
Ainda bem que quem perdeu está pronto para se sentar na oposição. Mas quem ganhou as eleições, a Fretilin, tem direito a formar partido e mais ninguém.
A democracia nao pode ser sujeita a vontade de minorias.
Existe uma maioria e deve ser a maioria a governar.
Fretilin para a oposicao.
JA!
Acho muito bem que os derrotados vão estagiar para a oposição, pode ser que aprendam que política não é fazerem as fitas que estão habituados a fazer.
Foi a Fretilin quem ganhou e é à Fretilin que cabe a iniciativa de formar governo e a mais ninguém.
Nunca em sítio algum se viu a lata dos derrotados a quererem roubar a vitória a quem a obteve.
Acho muito bem que os derrotados vão estagiar para a oposição, pode ser que aprendam que política não é fazerem as fitas que estão habituados a fazer.
Foi a Fretilin quem ganhou e é à Fretilin que cabe a iniciativa de formar governo e a mais ninguém.
Nunca em sítio algum se viu a lata dos derrotados a quererem roubar a vitória a quem a obteve.
Zacarias da Costa, é membro do PSD, um partido que coligado com a ASDT, obteve pouco mais de metade dos votos que o partido mais votado, a Fretilin.
Não tem pois qualquer legitimidade para aconselhar a Fretilin a ir para a oposição, pois quem está mesmo na oposição é o partido dele.
Certo! Mais que certíssimo uma oposição forte no Parlamento! Porém essa maioria que viesse a fazer obra e que os erros do passado lhe servissem de lição para construir um futuro risonho para o povo de Timor-Leste.
Mas além de uma oposição forte, entre os membros que ocupam os tampos das cadeiras do Parlamento que usassem a honestidade e que as suas palavras chegassem à acção. Não investir na imagem pessoal; proferir palavras ocas e balufas que não servem ao timorenses, tão-pouco a eles mesmo porque os desacredita.
Gente, que se senta nos tampos das cadeiras, parlamentares que já por mais de três décadas andam engajados na liberdade e democracia para o Timor-Leste. Chegaram ao Poder, ganharam a corrida, foram colocados num pedestal como herois.
Conseguiram a tal liberdade que o povo de Timor-Leste ambicionava.
Depois de hasteada a bandeira (não importou ter sido num pau sem lustro e o Povo que a aplaudiu sentado e em pé no pó da praça da liberdade)vimos o Povo de Timor com lágrimas nos olhos pela dávida que dos seus herois tinham recebido.
Senhores da maioria, sentem-se nas cadeiras do Parlamento e haja mais senso governativo do que aquele que não tiveram.
Um país viver de esmolas ou pedir ajudas ao estrangeiro para que lhe mande polícias ou tropas, não dá!
Um Povo não gosta de ver polícias ou soldados (estrangeiros) com armas em posição de tiro.
As armas, os jeeps, os tanques e os helicópteres, criam um estado psicológico de guerra ao Povo.
Terá que ser a maioria unida (a FRETILIN mesmo a vencedora) que unidos levem Timor-Leste ao lugar que lhe compete na comunidade das nações e que os homens (em parte já desacreditados) venha a conquistar a confiança perdida.
Kamarada jose martins.
Estava bem de ver que eras mais um iluminado. Apaga a Luz, que dahs cabo da bateria
Kamarada agoniado
“Um país viver de esmolas ou pedir ajudas ao estrangeiro para que lhe mande polícias ou tropas, não dá!
Um Povo não gosta de ver polícias ou soldados (estrangeiros) com armas em posição de tiro.
As armas, os jeeps, os tanques e os helicópteres, criam um estado psicológico de guerra ao Povo.” Disse muito bem o José Martins.
Vamos pois pôr ordem na nossa casa, encarregar a Fretilin de indicar o primeiro-ministro para que possa formar governo e apresentar o seu programa ao Parlamento e começar a governar.
Porque quem sabe organizar eleições bem organizadas como tivemos também sabe repor o país e a economia a funcionar e ordem nas ruas de Dili.
Vamos retomar a nossa vida porque já perdemos mais de um ano, já perdemos muitas vidas e precisamos de ordem, de respeito e de disciplina.
Mas o artigo 106 e claro na sua disjuntiva. De resto ja os constitucionalistas esclareceram que os partidos podem coligar-se e formar governo. A Fretilin ganhou mas nao obteve a maioria absoluta. O que Zacarias disse esta mais correcto.
Não está nada correcto o que o Zacarias disse. É que quem disputou as eleições foram a Fretilin, o CNRT, o ASDT/PSD e o PT.
A AMP é uma invenção de quem perdeu as eleições, é que NÃO foi a votos. Não obteve um único voto. É um fantasma.
E o povo não votou em fantasmas, o povo votou nos partidos e entre os partidos o que foi mais votado foi a Fretilin.
A oposição perdeu o jogo no terreno e agora quer ganhar na secretaria. Isso é batota e o povo não vai aceitar estas batotas e estes batoteiros.
Cuidado com a paciência do povo, que a paciência também se esgota, quando lhe querem roubar na secretaria o que ele ganhou com esforço e honestidade no terreno.
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