Thursday, 15 November 2007

Cavaco Silva garante «maior importância» à cooperação

O Presidente da República, Cavaco Silva, garantiu hoje que Portugal atribui "a maior importância à continuidade" da cooperação com Timor-Leste em "sectores estratégicos" como educação e justiça.


"Portugal é hoje o maior parceiro da cooperação com Timor-Leste e Timor é o principal destinatário da nossa ajuda pública ao desenvolvimento", afirmou Cavaco Silva no banquete oferecido ao Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, no Palácio Nacional de Queluz, que está de visita a Portugal.

Os "sectores prioritários" da cooperação portuguesa, que "não parou" após a independência do país, a 20 de Maio de 2002, têm sido o ensino da língua portuguesa e na área da justiça.

"Quero assegurar-lhe que atribuímos a maior importância à continuidade da nossa cooperação em Timor-Leste nestes sectores estratégicos", acrescentou.

Cavaco Silva sublinhou que Timor atribui "natureza prioritária" ao desenvolvimento económico e à criação de emprego" e, na presença de representantes de empresas com investimentos português no país, disse esperar que "outras sigam o exemplo".

Num discurso em que se referiu à resistência em Timor, de que Ramos-Horta foi um dos dirigentes, o presidente lembrou o apoio de Lisboa e de como os portugueses acompanharam, "comovidos", a vitória da independência no referendo em 1999.

"Enchemos as ruas, inventámos canções e demo-nos as mãos para um último apelo à consciência universal e, depois, para festejar, comovidos, a vitória do respeito pela vontade que um povo irmão acabara de exprimir, contra todas as adversidades, nas urnas da democracia", disse.

Como já tinha feito ao fim da manhã, quando recebeu Ramos-Horta no Palácio de Belém, Cavaco Silva lembrou o trabalho dos portugueses que estão em Timor, quer os militares da GNR, os professores que ensinam português, ou ainda as dezenas de profissionais da justiça.

Depois de citar o escritor Vergílio Ferreira - "Uma língua é o lugar donde se vê o mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir" -, Cavaco sublinhou que ao português "continuará a ser um factor primordial importância na estruturação e no fortalecimento da identidade nacional" de Timor.

Para o fim do discurso, e antes dos brindes, ficou uma promessa: "Os timorenses encontrarão sempre em Portugal um amigo e um aliado, empenhado em contribuir para o progresso de Timor-Leste e para a edificação do Estado democrático que os timorenses desejam".

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