Sunday 25 November 2007

Açores e Indonésia querem fomentar parcerias


O presidente do Governo Regional recebeu ontem em audiência, pela primeira vez, o embaixador da Indonésia em Portugal, Francisco Lopes da Cruz.
Esta reunião, considerada “politicamente relevante” para Carlos César - depois da conturbada saída da Indonésia de Timor-Leste, que permitiu a independência deste país - vai preceder um outro encontro, a ter lugar brevemente em Lisboa, no qual a Agência para a Promoção do Investimento nos Açores fará, juntamente com aquela embaixada, a recolha das áreas de investimento potencial entre os dois arquipélagos. César admitiu que “contamos trabalhar nos próximos meses para localizar áreas institucionais ou geográficas em que esse relacionamento se possa fazer com maior eficiência e proporcionalidade”. Francisco Lopes da Cruz admitiu que a cooperação com os Açores pode assumir um carácter tripartido e incluir Timor-Leste. “O que queremos é ter a maturidade de aprender com a história e transformar o que nos dividiu num elo de união para o futuro, não só para incrementar as relações entre Portugal e Indonésia, mas envolvendo também Timor. Tentamos estabelecer primeiro plataformas”, sustentou para dar o exemplo da criação de associações de jovens portugueses, indonésios e timorenses, licenciados, que irão dar impulso à tal cooperação trilateral. A Indonésia possui 24 mil ilhas, 6 mil delas habitadas.
O eurodeputado Paulo Casaca também reuniu com Carlos César, reafirmando as suas preocupações com a directiva da Comissão Europeia, que prevê a inclusão da aviação civil no comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa. De César Casaca recebeu o apoio às suas preocupações. “Deve haver uma forma de excepcionar as rotas de serviço público e as rotas para as Regiões Ultraperiféricas (RUP), tendo em consideração o seu impacto económico e social negativo”, disse o presidente do Governo, para quem, nessa matéria, a UE dá com uma mão e penalize com a outra as RUP.

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