Saturday 23 June 2007

Fretilin promete crescimento de 7% nos próximos cinco anos

A Fretilin anunciou hoje o seu programa de governo caso vença as eleições legislativas de 30 deste mês, prometendo estabilizar a taxa de crescimento real da economia em "pelo menos" sete por cento nos próximos cinco anos.


Numa conferência de imprensa hoje em Díli, Estanislau da Silva, actual primeiro-ministro e candidato a deputado pela Fretilin, defendeu que essa taxa tem por base as melhorias económicas registadas ao longo dos cinco anos de governo do seu partido.

"Nos últimos cinco anos, o governo da Fretilin pôs em marcha um conjunto de programas e de políticas que possibilitaram criar uma plataforma para um crescimento sustentável e forte da economia", reivindicou, sublinhando que tal permitirá, agora, "trazer benefícios reais para a população".

Entre as prioridades da Fretilin, Estanislau da Silva destacou a necessidade de se acelerar o desenvolvimento nas áreas das infra-estruturas e agrícola e criar medidas para combater o desemprego, nomeadamente entre os mais jovens, a camada de população mais afectada.

Segundo o dirigente da Fretilin, sectores-chave que o partido pretende ver implementados no quadro das infra-estruturas passam pela energia, água, estradas "e outras obras públicas", sendo igualmente prioritária a reestruturação das forças de segurança.

A reestruturação deve abranger, no entender do partido, não só a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) como o próprio Ministério do Interior e as Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

Um futuro governo da Fretilin, acrescentou, terá em conta a necessidade de se elaborar "melhor legislação para regulamentar as actividades da PNTL e da F-FDTL, promovendo, paralelamente, um aumento orçamental que abrangerá também o sistema judicial.

Ainda neste pacote, a Fretilin prometeu criar novas esquadras de polícia e polícias comunitárias, o que "ajudará" a restabelecer a lei e a ordem em todo o país.

3 comments:

Anonymous said...

Ha 5 anos que,

A Fretelin promete, promete, promete...

Ha 5 anos que,

A fretilin nao honra, nao honra, nao honra

As promesas.

Anonymous said...

A Fretilin cumpriu em todos os campos e principalmente conseguiu com a sua persistência, determinação e empenho criar o nosso Fundo de Petróleo garantindo a nossa independência ecocómica agora e para o futuro.

Anonymous said...

“Semanário Nacional - A FRETILIN foi acusada de ter um primeiro-ministro com tendências autoritárias?

Alkatiri: Fui acusado de arrogância e de autoritário.
Sempre disse que não sou o pai da Nação, mas há outros que dizem que o são e a seguir dizem que eu é que sou arrogante.
Há quem se assuma de donos únicos deste país e dizem que eu é que sou autoritário. Desenvolver o país exigia medidas concretas e arrojadas.
A possibilidade de aceder ao determinado na Lei para uso do Fundo Petrolífero só em 2005 se alcançou ficando dinheiro disponível para suprir o défice orçamental para o ano fiscal 2006/2007.
Foi quando lançaram o golpe e inviabilizaram o desenvolvimento das políticas concernentes à melhoria dos níveis de vida e de país.
Foi premeditado o tempo para lançamento da crise, pois antes a FRETILIN esteve a trabalhar em quatro longos anos de preparação do Estado, da negociação do Mar de Timor para que o país tivesse receitas próprias e pudesse estimular a economia e combater a pobreza a todos os níveis.
Mas a maior pobreza é a intelectual e essa era uma prioridade para a capacitação do país. Tudo o resto estava a ser feito e bem feito, na educação, na saúde, na administração pública no geral, na agricultura, nas pescas, na justiça, no trabalho, etc.
Não conheço outro país no mundo que tenha conseguido fazer de positivo, o que Timor-Leste alcançou com um Governo da FRETILIN.
Fomos lançados para esta crise por pessoas que sabiam o que estavam a fazer.
Não queriam que fosse a FRETILIN a fazer o país.”

E é o próprio Xanana que na entrevista à Visão confirmou que está correcta a análise de Mari Alkatiri:

“Visão - O Parlamento foi inútil?
Xanana - Foi mais ou menos isso.

Visão - Era a única pessoa que podia fazer oposição?
Xanana - Não era bem uma oposição ao Governo. Mas era a única pessoa que podia mobilizar a população para se opor ao Governo.

Visão - Durante a crise política, institucional e militar de há um ano, foi actor de «uma brincadeira», estou a citá-lo, «para ver quem tinha mais poder»?
Xanana -Foi um bocado isso. Essa frase foi dita durante a crise.”