Thursday 7 June 2007

GNRs insatisfeitos com prolongamento da missão em Timor





















O Regimento de Infantaria, a unidade de origem do Subagrupamento Bravo com que a GNR participa na missão integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), foi ontem informado de que as Nações Unidas não autorizam qualquer rotação das suas forças no país, durante o mês de Julho.

A GNR tem actualmente em Timor-Leste 220 militares e a rotação prevista para 14 de Julho devia abranger 131 elementos.

«Isso afecta apenas a unidade portuguesa, porque mais nenhuma das forças da UNMIT tinha rotação de contingente», afirma fonte do Regimento de Infantaria.

«O descontentamento tem a ver com a extensão de uma missão que tem sido muito exigente e com a necessidade de cancelar todas as marcações de férias feitas com as famílias em Portugal», adiantou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

O Subagrupamento Bravo da GNR é uma das unidades de polícia formadas (FPU) que têm a cargo áreas especiais de intervenção no âmbito da UNMIT.

Além da FPU portuguesa, estão em Timor-Leste forças policiais autónomas do Paquistão, da Malásia e do Bangladesh, além dos mais de mil oficiais, de quase meia centena de países, que integram a Polícia das Nações Unidas (UNPol).

É o segundo adiamento de uma missão que começou, para esses militares, em Novembro, e que estava inicialmente previsto terminar a 27 de Maio.

Um primeiro adiamento de rotação para o início de Julho foi anunciado em Abril, depois da marcação das eleições legislativas timorenses para 30 de Junho.

O adiamento da rotação foi decidido em Nova Iorque pelo departamento de Operações de Apoio à Paz, na sequência da visita do representante-especial do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare.

Até ao momento, a Lusa não obteve qualquer comentário do chefe da UNMIT, nem do comando do Subagrupamento Bravo em Díli.

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