Thursday 21 June 2007

ONU pede ajuda internacional para reduzir fome no país


As Nações Unidas lançaram hoje um apelo à comunidade internacional para contribuir com alimentos de forma a reduzir a crise alimentar que enfrentam cerca de 200 mil timorenses, provocada pela seca e as recentes pragas de gafanhotos.


Num comunicado hoje divulgado, o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) explicam que a ajuda alimentar vai ser aplicada para assistir as áreas rurais de Timor-Leste durante um período de crise de seis meses, começando em Outubro deste ano.

"As contribuições vão permitir que o PAM continue a apoiar os grupos mais vulneráveis, incluindo menores desnutridos, mulheres grávidas ou em período de amamentação e crianças em idade escolar", lê-se no comunicado.

De acordo com a ONU, as condições climatéricas adversas sentidas na costa Norte do país e as pragas de insectos, que afectam sobretudo o Leste, provocaram uma queda de 30 por cento na produção de milho e 20 por cento na de arroz, agravando a já precária situação alimentar sentida em várias regiões de Timor-Leste.

Timor-Leste, que declarou oficialmente a sua independência em 20 de Maio de 2002, nasceu como um dos países mais pobres do mundo após a ocupação e colonização indonésia, durante a qual morreram mais de 200 mil timorenses.

A extrema pobreza da população timorense foi salientada, em 2006, num relatório da ONU, que estimava que cada pessoa subsistia apenas com cerca de um dólar por dia (84 cêntimos de euro).

Segundo o documento apresentado na altura, metade da população não tinha água potável, 60 em cada mil recém-nascidos morriam antes de completar um ano e a expectativa de vida era de 55,5 anos de idade.

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