Díli, 23/06 - Joni Marques, ex-comandante da milícia integracionista Team Alfa, disse hoje em Díli estar "arrependido" dos crimes que cometeu em 1999 em Timor-Leste.
"Estou arrependido da violência de 1999 e não quero que desconfiem de mim ou julguem que eu sou um perigo", declarou Joni Marques à Lusa.
Joni Marques, que a Lusa encontrou hoje num campo de deslocados à entrada da sede das Nações Unidas em Díli, foi condenado em 2001 por crimes contra a Humanidade.
Detido após os massacres de Setembro de 1999 no distrito de Lautém (leste), saiu em liberdade a 13 de Junho de 2008, após cumprir menos de nove dos 33 anos de prisão a que foi condenado em 2001.
O crime mais conhecido da Team Alfa foi o massacre de um grupo de freiras e sacerdotes e alguns leigos, que seguiam numa viatura entre Lautém e Baucau, a 25 de Setembro de 1999.
Joni Marques disse à Lusa que "não havia plano de matar as madres".
O ex-milícia alega que "estava drogado" pelos oficiais das forças indonésias (TNI) e inconsciente quando montou a emboscada à viatura da diocese de Baucau na estrada de Lautém.
"Vinte minutos depois de tomar a droga, perdi o juízo. E aquilo aconteceu.
Só três dias depois voltei ao normal e percebi o que tinha feito. E fiquei arrependido e triste", contou Joni Marques.
Além de Joni Marques, saíram da prisão a 13 de Junho outros três elementos envolvidos nas actividades da Team Alfa em 1999, condenados no mesmo processo especial: Gonçalo dos Santos, João da Costa "Lemorai" e Manuel da Costa.
Gonçalo dos Santos, encontrado pela Lusa este fim-de-semana de regresso à sua aldeia de Leuro, nas montanhas a oeste de Lospalos, afirmou que "o passado é passado", referindo-se à Team Alfa e aos crimes de 1999.
"Não penso em 1999. Penso na nova vida. Sou cidadão de Timor e não me vou embora do país", declarou também Gonçalo dos Santos na sua aldeia onde "ninguém fez ameaças".
A saída dos quatro ex-milícias em liberdade condicional foi criticada pelo representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Timor-Leste.
1 comment:
For immediate release: 3 pm AEST, Saturday 10/10/98
UDT condemns major Indonesian attack on East Timorese stronghold as UN talks proceed
PERTH (Australia): The Timorese Democratic Union (UDT) has condemned a major Indonesian attack on an East Timorese Falintil stronghold - an apparent attempt to either wipe out or seriously weaken armed Timorese resistance to Indonesia's illegal occupation
UDT's Secretary-General, Mr Domingos De Oliviera, said it was typical of Indonesia that they would launch a major attack on East Timorese as they were going to the negotiating table at the United Nations for talks on East Timor's fate. He said it demonstrated once again that President Habibie was either a complete hypocrite or simply a puppet in the hands of a murderous military. "Indonesia talks about 'special status' for East Timor within Indonesia. We East Timorese reject that totally. East Timorese have had 23 years to learn that 'special status' in Indonesia means being totally exploited by a corrupt and vicious regime, under which rape, torture and murder are daily realities," Mr De Oliviera said. "We want self-determination and independence."
Mr De Oliviera said sources in Dili reported five Indonesian battalions, 612, 646, and 741 regular soldiers and two elite battalions of commandos and paratroops, had surrounded the Falintil stronghold and had been advancing over the past two to three days. The Falintil Chief Commander, Tau Mata Rua, was in the area under attack. In addition, anther Falintil leader, Mau Hudu, with a party of 40 people, was going into the area to meet Tau Mata Rua a few days ago. Mr De Oliviera said the ordinary people of East Timor support the struggle for independence. This is being shown in Dili itself today with a silent protest which has brought the capital to a halt. East Timorese are refusing to work or go out in protest against the Indonesian appointed Governor, Abilio Ozório Soares. Governor Soares has been circulating calls for East Timorese to turn forget ideas of independence and support the integration of East Timor into Indonesia.
FURTHER INFORMATION: Domingos De Oliviera, Secretary-General, UDT % 08 9384 7943 Issued on behalf of UDT by Geoffrey Heard & Associates Melbourne, AUSTRALIA
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