Thursday 13 September 2007

Secretário-executivo CPLP diz que a situação está a estabilizar

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) segue com "preocupação" a situação em Timor-Leste, onde a tendência é de "estabilização", afirmou hoje o secretário-executivo, Luís Fonseca.


"A evolução tem sido positiva, há tendência para se estabilizar; o apoio internacional e o reforço institucional interno irá conduzir à normalização da situação a médio prazo", defendeu Luís Fonseca, após uma reunião com o director-geral da FAO, em Lisboa.

A situação em Timor foi levada na segunda-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, que analisou o relatório do representante especial da ONU em Díli, que indica uma melhoria da segurança em Timor-Leste, embora ainda "sujeita a picos de violência".

No relatório, Atul Khare sublinha que, apesar dos progressos, os incidentes que se sucederam ao anúncio do novo governo, a 06 de Agosto último, demonstram que as divisões políticas "ainda não foram ultrapassadas", o que gera uma situação "ainda volátil".

Hoje, Luís Fonseca afirmou que a CPLP está a acompanhar "com muito interesse e preocupação" os acontecimentos no mais jovem país asiático.

"Estamos a acompanhar com muita atenção, e os estados-membros têm dado a sua contribuição para que a situação se normalize e Timor possa no mais curto espaço de tempo possível retomar a via do desenvolvimento", adiantou.

Na segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, afirmou ao Conselho de Segurança da organização ser necessário a continuação em Timor-Leste de quatro das cinco unidades da polícia da ONU "pelo menos até final do actual mandato".

Actualmente, encontram-se em Timor-Leste 1.635 polícias da ONU.

O secretário-geral adiantou ainda ao Conselho de Segurança que a missão da ONU em Timor-Leste vai custar mais de 160,5 milhões de dólares entre 1 de Julho deste ano e até 30 de Junho de 2008.

Após a discussão do relatório, o Conselho de Segurança da ONU não adoptou qualquer resolução formal após a reunião e deverá voltar a analisar a situação dentro de seis meses.

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