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O Presidente da República timorense realiza entre 04 e 06 de Junho uma visita à Indonésia, a primeira viagem oficial de José Ramos-Horta ao estrangeiro depois de ser eleito chefe de Estado.
A visita do Nobel da Paz à antiga potência ocupante de Timor-Leste inclui encontros com o Presidente Susilo Bambang Yudhoyono e outras autoridades indonésias, além de uma reunião com potenciais investidores da Indonésia e uma visita ao Museu Nacional de Kalibata.
Na agenda dos contactos bilaterais está a delimitação definitiva das fronteiras entre os dois países e o seguimento dos trabalhos das comissões criadas para investigar os crimes cometidos durante a ocupação e em torno do referendo de Agosto de 1999 pela independência do território.
A Indonésia invadiu Timor-Leste, colónia portuguesa não descolonizada, em 1975 e ocupou o território até 1999, considerando-o mais uma província do país.
«Chega!», o relatório final da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação timorense, situa o número mínimo de mortes durante esses 24 anos em cerca de 102 mil (cerca de 18.600 timorenses mortos pelas forças ocupantes e cerca de 84.200 vítimas de doenças ou da fome).
Vários dos principais responsáveis directos pelos crimes durante a ocupação e durante o referendo de 1999 ocpuam actualmente o topo da hierarquia política e militar indonésia e nunca foram punidos, como vêm denunciando muitas organizações timorenses e internacionais de direitos humanos.
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