Wednesday, 13 June 2007
Governo resolve crise de deslocados com bairros temporários
O Governo timorense propõe a construção de bairros temporários, em Díli e nos distritos, para melhorar as condições de vida dos deslocados da crise de 2006, anunciou o primeiro-ministro Estanislau da Silva.
A proposta foi feita na sequência de negociações para a reinstalação de um primeiro grupo no bairro de Becora.
Um ano depois da crise política e militar que provocou cerca de 150 mil refugiados em todo o país, cerca de vinte mil pessoas continuam deslocadas na capital, segundo dados relativos ao mês de Maio de 2007 divulgados pelas agências humanitárias envolvidas na assistência a mais de vinte campos em Díli.
«A solução pode ser, em alguns casos, bairros temporários onde o Governo poderá assegurar às pessoas condições melhores do que as que têm agora nos campos», afirmou Estanislau da Silva, em comunicado hoje distribuído pelo seu gabinete.
O primeiro-ministro encontrou-se terça-feira com os chefes de suco (equivalentes das freguesias) do distrito de Díli, depois de um primeiro encontro, há duas semanas, ter definido a reinstalação dos deslocados do Hospital Nacional Guido Valadares no suco de Becora.
«Estou satisfeito pela disponibilidade da população de Becora para receber de novo os deslocados que se encontram no Hospital Guido Valadares», que, para Estanislau da Silva, «é a maior prioridade quanto aos deslocados».
Os chefes de Suco, nota o comunicado do gabinete do primeiro-ministro, «disseram que muitos deslocados querem regressar a casa, mas têm receio da situação de segurança nos bairros».
Na reunião com os chefes de suco, participaram três responsáveis da polícia: o comandante da UNPol, comissário Rodolfo Tor, e o comandante distrital, da UNPOL, subintendente Leitão da Silva, e o comandante interino da PNTL, Afonso de Jesus.
A reunião teve também a participação da ministra das Obras Públicas, Odete Vítor, do ministro do Interior, Alcino Barris, e do ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária, Arsénio Bano.
Rodolfo Tor anunciou que há sete locais identificados pela UNPOL para criação de novas esquadras policiais, embora não seja possível avançar já para a sua instalação.
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