Friday, 15 June 2007
Austrália rejeita pedido da ONU de enviar tropas a Darfur
Sydney, 15 jun (EFE).- O Governo australiano se negou a enviar capacetes azuis a Darfur (Sudão), apesar do pedido da ONU, segundo informa hoje a imprensa australiana.
Falando à rede de rádio "ABC", o primeiro-ministro, John Howard, justificou sua decisão argumentando que "o Governo teria que retirar pessoal de outras partes do mundo se quisesse participar da operação em Darfur".
A Austrália se tinha comprometido a "não dar as costas" à tragédia humanitária de Darfur, segundo palavras de Howard, lembradas hoje pelo jornal "The Australian".
A ONU está organizando em Darfur uma operação internacional, com 17 a 19 mil soldados, junto com a União Africana (UA). O Governo sudanês aceitou esta semana o posicionamento de uma força de paz no país.
Segundo o jornal, a ONU pediu à Austrália apoio especifico em logística, especialistas em movimentos aéreos e observadores militares.
Howard disse que o assunto não foi discutido em nível governamental. Mas o ministro da Defesa, Brendan Nelson, informou nesta quinta-feira que a Austrália se limitará a manter os 15 membros de seu Exército que participam da força de manutenção de paz no sul do Sudão, um conflito independente do de Darfur.
O conflito de Darfur, no oeste do Sudão, explodiu em fevereiro de 2003, quando dois grupos se rebelaram em protesto contra a pobreza e marginalização da região.
Cerca de 200 mil pessoas morreram desde então e 2 milhões foram forçadas a abandonar suas casas, abrigando-se em campos de refugiados no Sudão e Chade.
De todo o pessoal militar australiano, aproximadamente 3.850 soldados (8%) servem em operações no exterior. São cerca de 1.575 no Iraque, 1.100 no Timor-Leste e 970 no Afeganistão.
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