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O ex-ministro Rogério Lobato, condenado a sete anos e meio de prisão por crimes associados à crise política e militar de Abril e Maio de 2006, perdeu o recurso do acórdão do Tribunal Distrital de Díli e foi quinta-feira transportado para a prisão de Becora, em Díli.
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"Porque falo de justiça, não posso deixar de referir o caso do major Alfredo Reinado", acrescentou o chefe de Estado.
"Usando o direito de petição que assiste a todos os cidadãos timorenses, endereçou-me uma carta, solicitando que fosse considerada a sua "boa fé e a consagração pública e formal" para retomar o processo de diálogo e chegar a uma resolução pacífica do conflito, dentro do quadro da justiça", explicou o chefe de Estado.
Foi o Presidente que, por acordo de todos os órgãos de soberania, ordenou, em termos muito ríspidos, a operação de captura de Reinado no final de Fevereiro, depois de o ex-comandante da Polícia Militar ter assaltado dois postos da polícia fronteiriça no oeste do país.
"Os órgãos do Estado analisaram esta petição cuidadosamente, para proceder a uma resposta que não contrarie os princípios da justiça e da equidade mas que permita a solução pacífica do problema", informou Xanana Gusmão perante a PNTL.
"O Estado está empenhado no prevalecimento da justiça, a par de um clima de harmonia e paz", acrescentou.
No mesmo contexto, o presidente cessante recordou à PNTL que "o que aconteceu em Tunubibi e em Salele não poderá voltar a acontecer", em referência aos postos de onde o grupo de Alfredo Reinado levou armas, munições e uniformes.
"É inadmissível que a polícia não consiga ter um controlo absoluto sobre as suas armas, demonstrando a fragilidade da instituição", salientou.
"Apelo a todos os agentes que tomem definitivamente uma posição", sublinhou Xanana Gusmão na sua despedida à PNTL antes da tomada de posse, marcada para 20 deste mês, do novo chefe de Estado, José Ramos-Horta, vencedor da segunda volta das eleições presidenciais, realizadas quarta-feira.
"Ou se distanciam destes vícios para encarnar os princípios morais e valores democráticos, a bem da instituição, do país e do povo, ou admitem que não têm o perfil adequado para servir o Estado e optam por outro caminho profissional", acrescentou o presidente.
"Muitos de vós estão de parabéns porque cumpriram bem a vossa missão.
Mas muitos de vós não chega. Têm de ser todos", concluiu Xanana Gusmão.
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